Hoje venho-vos falar da minha experiência no Monsantos Open Air. Há imenso tempo que andava para ir experimentar e, quando anunciaram uma festa com músicas da Taylor Swift, mesmo não sendo fã (só sei algumas músicas), lembrei-me de que a Mariana poderia gostar e seria, assim, uma boa experiência para nós. 

Apesar do cansaço depois de um dia de trabalho, lá fomos animadas, não com expectativas altas, apenas animadas.

Infelizmente, o ânimo durou pouco. Confesso que também foi culpa minha porque não pesquisei muito sobre o lugar, apenas vi umas fotos aqui e ali e parecia-me uma coisa que não era. 

Quando chegámos, entregaram-nos um cartão com um QR code, é através deste cartão que pagamos o que consumimos, fazíamos transferência do dinheiro pelo QR code e depois entregamos o cartão para o bartender retirar o pagamento. Nunca tinha visto e não achei útil nem prático, é bastante fácil de o perder e perdemos imenso tempo a transferir o dinheiro de um lado para o outro.

Quando finalmente entrámos no recinto, as mesas e cadeiras para nos sentarmos não só eram pouquíssimas como essa parte estava fechada, até agora não percebo o porquê disso. Não havia sítio nenhum para nos sentarmos além do chão.

Fui lá com a ideia de que, tendo em conta que haviam essas mesas, podia pedir alguma coisa para jantar, já que este lugar possui também restaurante e foi aí que descobri que uma coisa e a outra não estavam ligadas. Apesar de não poder pedir comida do restaurante, havia uma zona para pedirmos hambúrgueres e batatas. Quando começámos a ter fome, dirigimo-nos para a banca da comida e, quando já estávamos a meio da fila, vieram avisar que não tinham mais hambúrgueres de carne. Acho que não preciso de elaborar muito o porquê de isto ter sido um ponto extremamente negativo, mas quem é que num evento de uma cantora conhecida como esta, planeia uma festa com hambúrgueres insuficientes? Isto já para não mencionar que depois tivemos de gastar os 12€ (cada uma) que depositámos no cartão em álcool. Já não bastava não termos acesso a comida do restaurante, não ter hambúrgueres suficientes…?

Nas publicidades para este evento falava-se bastante das pulseiras da amizade, nem sequer consegui ver de longe a serem feitas por outras pessoas, era um espaço muito pequeno para a quantidade de pessoas que abrangeu.

Quando finalmente decidimos ir à WC, pelo menos eu, fui surpreendida por serem WC móveis e de pouca qualidade, para ser sincera. Há WCs e WCS. As da Feira do Livro de Lisboa também são móveis e são boas e apresentáveis, aquelas não posso dizer o mesmo. Entrei e saí. Outra coisa que não me faz sentido é, um local que possui restaurante, não ter casas de banho decentes para a parte do Open Air.

Por tanto, às tantas da noite, para além de não ter comido, não fui à casa de banho, como devem imaginar, estava muito confortável no evento.

Apesar dos apesares, a música estava a saber-nos bem, o estarmos a dançar e cantar também, por isso ficámos quase até ao fim do evento. No entanto, quando acabámos por ir embora, nem aí nos safámos da desilusão do lugar, completamente escuro, com piso irregular e imensas escadas até conseguirmos sair, onde é que tal coisa faz sentido num sítio onde saímos alcoolizadas (mesmo que pouco)? Ainda tivemos de andar um bom bocado para apanhar um uber, o que faz sentido, porque a luz naquele sítio não havia.

Não foi das piores experiências que tive e, até pondero em voltar lá, porque pode ter sido só azar do dia. No entanto, não posso dizer-vos que gostei de ir.

Autoria: Carina

Autoria das fotos: Monsantos Open Air

Revisão: Mariana Chorão