Chegou
ao fim mais uma edição da Feira do Livro de Lisboa e, por isso, aqui fica
também, mais uma vez, a minha experiência. Aqui poderão encontrar as datas a
que fui, as sessões de autógrafos e os livros que comprei.
06 junho:
Fui
com três amigas minhas (e o namorado de uma delas) e, surpreendentemente, fui a
que comprou menos livros! Passei na banca do Grupo Infinito Particular e
encontrei, na parte dos livros manuseados, o “Deve Ser Primavera Algures”, do
Pedro Rodrigues, o último livro que me faltava do autor. Fora esse,
apenas comprei dois livros que o meu irmão me tinha pedido.
Fomos para a feira por volta das
quatro da tarde e apanhámos bastante calor. Continuo a ser apologista de se
fazer a feira noutra altura do ano, já que não há outro local tão apropriado. É
horrível querer aproveitar um dia em boa companhia rodeada de bons livros e
estar tanto calor.
Tinha
também vontade de ter ido à sessão de autógrafos da autora Mercedes Ron, mas
nem pensar ficar horas numa fila com o calor que estava. Ainda por cima, a fila
começou a ser formada previamente (o que nem sempre acontece) e 40 minutos
antes já estava bem composta.
Passámos
ainda na banca da editora Guerra e Paz e não resistimos a tirar uma fotografia
com o masked man que uniu as nossas leituras!
07 junho:
Este
dia serviu para mostrar, maia uma vez, o azar que eu tenho nesta vida. Fui com
o intuito de ir à sessão de autógrafos da Maria Isaac, com quem já tinha
estado, mas também de ir à da M.G. Ferrey, que, se bem se lembram, não consegui
ir no ano passado devido ao calor abrasador que estava. Pois desta vez não foi
o calor que me impediu. Estava eu no autocarro, já a caminho, quando me lembrei
de ir ao Instagram fazer tempo e vi que a autora tinha cancelado a sessão.
No
entanto, desfrutei na mesma do dia. Fui com o meu irmão e com a minha mãe,
comprei o terceiro livro da série “Rebel Blue Ranch”, da Lyla Sage, chamado “Perdida e
Atada” (ainda com sprayed edges) e ainda o “Renascer”, da
Andreia Ferreira.
Acabei
a tarde na sessão de autógrafos da Maria Isaac a contar-lhe sobre como a minha
avó adorou os seus livros, em especial o Formiga!
11 junho:
O
terceiro dia da feira foi, para mim, mais passageiro. No primeiro dia, gosto de
ver tudo com mais cuidado, ver bem as bancas das editoras que gosto, mas nas
vezes seguintes já não há nada de novo e, por isso, as visitas tornam-se mais
rápidas.
Assim,
eu e as minhas amigas aproveitámos que tínhamos de ir à faculdade entregar um
trabalho para dar um saltinho ao melhor evento do ano. Antes, fomos almoçar
ramen num restaurante no Marquês de Pombal e confesso que é melhor do que
esperava. Até aqui, apenas tinha comido aqueles embalados do continente e
sempre senti que não sabiam a nada. O que pedi tinha ramen, meio ovo, cebola e
frango.
Quando
acabámos de comer, seguimos para a feira onde, pela primeira vez este ano, fiz
um grande estrago. Comprei cinco livros. O último livro da série da Lyla Sage,
“Selvagem e Domada” (também com edges); “Manifesto Contra-Sexual”, de Paul B.
Preciado; “Wicked”, de Gregory Maguire; “Dead Poets Society”, de N. H.
Kleinbaum; “Este Inverno”, de Alice Oseman.
14 junho:
Este
era o dia da feira pela qual mais ansiava! O dia em que ia finalmente conhecer
a Penelope Douglas.
Apesar
de ter esperado quatro anos para que isto acontecesse, apesar de ter esperança
de que tudo fosse correr bem, a verdade é que não aconteceu assim. E as coisas
que não correm bem, ou que não são justas, também têm de ser faladas.
Fui
para a feira com duas amigas às 15h30 (a apresentação da autora começava às
17h). A editora Leya e a chancela Quinta Essência deixaram bastante claro em
várias publicações, entretanto apagadas, que a fila para os autógrafos ia
somente começar após a apresentação – o que me pareceu algo bastante justo e
com imenso sentido de ser.
No
entanto, após chegarmos, fizemos apenas uma paragem rápida à banca do Grupo
Infinito Particular para eu comprar “Nasci Para Isto”, da Alice Oseman, e
decidimos que íamos à zona da Leya para ter uma noção de onde poderiam ser os
autógrafos, visto que nenhuma de nós tinha ido a uma sessão desta editora. Para
nosso espanto, já havia uma fila. Posto isto, embora não fosse essa a nossa
intenção inicial, fomos para a fila para garantir o nosso lugar. Ainda
reclamámos com algumas pessoas da editora e uma senhora da organização, mas de
nada valeu. A desculpa que deram foi que as pessoas começaram a fazer fila e
não as conseguiram impedir.
Já
fui a outras sessões de autores internacionais e nunca tinha visto uma coisa
destas. Afinal, quem é que está responsável por estas decisões? A editora ou os
leitores? Além de que se editoras mais pequenas conseguem organizar bem as
sessões, uma editora da dimensão da Leya também tem essa responsabilidade.
De
qualquer forma, passadas três horas de muito calor lá consegui o meu minutinho
com a autora. Ela foi bastante simpática, assinou o meu exemplar de “Nightfall”
e segui caminho de coração cheio, mas, ao mesmo tempo, muito desiludida com a
editora.
15 junho:
Era
suposto este dia ser dedicado à sessão de autógrafos da autora Lyla Sage, mas,
como devem saber, infelizmente, a autora teve de cancelar a sua passagem por
Lisboa devido a problemas de saúde.
Assim,
já que a programação foi alterada, eu e a Carina decidimos que íamos à FNAC do
Colombo ver, outra vez, a Penelope Douglas. Afinal, não é todos os dias que
podemos ter o prazer de ter um minutinho com a nossa autora preferida.
Devido
a toda a confusão do dia anterior, a editora decidiu restringir ainda mais o
evento para que tudo corresse bem, tanto para a autora como para os leitores.
Infelizmente, tenho a impressão de que quanto mais tentam fazer pior fazem, na
verdade.
O
evento, de acordo com a editora, ia ser restrito a 300 pessoas e havia um
limite máximo de DOIS livros por pessoa e apenas UM podia ser numa língua
estrangeira. Estou a salientar estes dois números porque, infelizmente, os
mesmos não foram respeitados. Custa-me imenso saber que podia ter levado os
meus livros para serem assinados, mas que preferi respeitar as regras impostas
quando a própria editora permitiu que elas fossem desrespeitadas. Limitei-me a
levar um livro numa língua estrangeira e fiquei a ver quem levasse QUATRO.
QUATRO. Pior ainda, é ficar a ver uma pessoa da editora a reparar nisso e a não
fazer absolutamente nada e outra senhora (que não tenho a certeza de se era da
editora ou da FNAC) a pedir depois para ver os livros (por serem de uma edição
especial).
Acho,
sinceramente, que este tipo de eventos já não são assim tão raros em Portugal
para que não seja possível organizá-los em condições e fazer com que as pessoas
realmente cumpram as regras impostas. É um grande desrespeito para os outros
leitores, se fossemos todos levar livros a mais quantas pessoas perderiam a
oportunidade? Como só meia dúzia desrespeitou as regras, não tem problema nem
se faz nada.
Fiquei
muito desiludida com a Leya e espero que aprendam para fazer melhor no futuro.
21 junho:
Tinha
de ir um último dia à feira para fazer as últimas compras e aproveitar mais
algumas promoções.
Desta
vez, arrastei a minha mãe comigo e, assim que chegámos, fizemos uma paragem
rápida na banca do Grupo Infinito Particular, onde comprei “Felix Para
Sempre”, de Kacen Callender, na secção dos manuseados, antes de ir à
sessão de autógrafos da Rita da Nova. Deixei a minha mãe a marcar lugar na fila
e fui num instante comprar o “As Coisas que Faltam”, para ser autografado junto do
“Apesar do Sangue”.
Já
a tinha conhecido no ano passado e achei-a super simpática. De um ano para o
outro, pelo menos neste aspeto, a Rita não mudou nada! Foi super simpática
comigo, trocámos umas palavrinhas e ainda tirámos uma fotografia!
Depois
fui aproveitar o resto das promoções do dia e comprei: “Heartstopper: Anuário”, de Alice
Oseman; “Os Meus Dias na Livraria Morisaki”, de Satoshi Yagisawa.
Fun Fact: fiquei tão perdida na secção
dos manuseados do Grupo Infinito Particular que me esqueci completamente que
tinha o “Heartstopper: Anuário” para comprar. Quando lá voltei, fui atendida
pela mesma menina que ainda se lembrava de mim e foi super simpática. Esta
editora ganha, mais uma vez, o prémio de livreiros mais simpáticos.
E
assim foi a edição deste ano da Feira do Livro de Lisboa e no próximo ano lá
estaremos outra vez. Se quiserem mais algumas informações sobre os livros,
podem ver o
haul que fiz no TikTok.
Autoria da publicação: Mariana
Fonte das imagens/fotografias: Mariana
Revisão: Rita Silva e Mariana Chorão
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